sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Nutrição do tomate.






Nitrogênio (N)
É um dos nutrientes mais exigidos quantitativamente pela maioria das plantas. Atua em todas as fases, crescimento, floração, e frutificação. As plantas absorvem o N em suas formas iônicas, NO3- e NH4+ . Entra principalmente na constituição de compostos orgânicos, é um nutriente móvel. Em excesso provoca um crescimento vegetal acelerado, originando folhas de cor verde-escura, ocorre uma diminuição da resistência a doenças, um retardamento da floração e o ciclo de vida, pode ser reduzido. A carência de nitrogênio reduz o crescimento foliar, aumento do sistema radicular provoca clorose foliar, amarelecimento e queda das folhas os ramos caulinares ficam avermelhados, os sintomas aparecem inicialmente nas partes velhas da planta.

Fósforo (P)
Também intervém na formação de compostos orgânicos, produção de energia, na respiração, divisão celular e em diversos outros processos metabólicos, como nas substâncias de reserva. é um nutriente móvel. As formas iônicas absorvidas pelas plantas são o H2PO4- e HPO42-. A carência de fósforo reduz o crescimento do caule e radicular provocando o aparecimento de necroses nas folhas e pecíolos, as células deixarão fazer o seu metabolismo e morrerão. As folhas jovens têm tendência para escurecer ou ficar verde-azuladas, as mais velhas ficam vermelhas. Numa fase inicial, os sintomas acentuam-se nas partes mais velhas da planta.

Potássio (K)
É um dos macronutrientes mais consumidos pela planta, juntamente com o nitrogênio. Favorece a formação de raízes, amadurecimento dos frutos, etc. Os frutos e tecidos meristemáticos possuem alto teor de potássio. Seu papel principal é o de ativador de funções enzimáticas e de manutenção da turgidez celular. A forma iônica absorvida pelas plantas é o K+ .É um nutriente móvel. A carência de potássio provoca um crescimento vegetal muito reduzido, clorose matizada da folha, manchas necróticas, folhas recurvadas e enroladas sobre a face superior e encurtamento de entrenós. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.

Enxofre (S)   
Encontra-se em sua maior parte na composição das proteínas, associadas ao nitrogênio. Participa na formação de alguns aminoácidos essenciais ao metabolismo energético, intervém na síntese de compostos orgânicos, em especial vitaminas e enzimas, sendo um nutriente imóvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é o SO42-. A carência de enxofre reduz o crescimento vegetal, provocando a clorose foliar, as folhas permanecem mais escuras e opacas, com tonalidade amarelo-esverdeada. Inicialmente, os sintomas se manifestam nas zonas mais novas da planta.

Cálcio (Ca)
Contribui para o fortalecimento de todos os órgãos das plantas, principalmente raízes e folhas, é um componente da parede celular vegetal, sendo necessário, para a manutenção da estrutura, ativação da amilase, é um nutriente imóvel. Em excesso, altera o ritmo da divisão celular. Também é importante na manutenção do equilíbrio entre alcalinidade e acidez do meio e da seiva das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Ca2+. A carência de cálcio causa a malformações nas folhas jovens, encurvamento dos ápices, clorose marginal que evolui para necrose, levando a folha a morrer da extremidade para o centro. Ocorre a redução do crescimento radicular, e mudança da coloração das raízes para castanho. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.

Magnésio (Mg)
É parte integrante da molécula da clorofila, e por isso está diretamente ligado ao metabolismo energético das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Mg2+. É um nutriente móvel que, em excesso, provoca interferências na absorção de cálcio e potássio. A carência de magnésio provoca cloroses entre as nervuras, espalhando-se das margens para o centro das folhas, encurtamento de entrenós, redução do crescimento vegetal, inibição da floração, morte prematura das folhas e degeneração dos frutos. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.

Ferro (Fe)  
É um constituinte do grupo prostético de proteínas, necessário à síntese de clorofila e à divisão celular, atua na fixação do nitrogênio e desenvolvimento do tronco e raízes, é um nutriente imóvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é Fe2+. A carência de ferro provoca uma extensa clorose foliar em que as nervuras permanecem verdes, uma redução do crescimento vegetal, inibição do desenvolvimento de primórdios foliares. Inicialmente, os sintomas aparecem nas zonas mais jovens das plantas.

Cobre (Cu)
É um componente das metalo-enzimas e receptor intermediário de elétrons, tem papel importante na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio sendo um nutriente imóvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cu2+. A carência de cobre altera a tonalidade das folhas, tornando-as verde-azuladas e enroladas que permanecem alongadas, deformadas e com as margens cloróticas voltadas para baixo. Nos cereais, a extremidade da folha se torna branca e pode cair. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.

Manganês (Mn) 
É um ativador enzimático, controlando reações de oxi redução essenciais à fotossíntese e síntese de clorofila, sendo um nutriente imóvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é Mn2+. A carência de manganês provoca clorose intervenal nas zonas mais jovens, enrolamento e queda de folhas e aparecimento de pontos necróticos espalhados nas folhas. Inicialmente, os sintomas surgem  nas zonas mais velhas das plantas.

 Zinco (Zn)
É uma ativador enzimático, e um nutriente móvel. A carência de zinco provoca uma redução do crescimento vegetal, impedindo o alongamento dos caules e a expansão foliar e interfere na frutificação. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.

Molibdênio (Mo)
É essencial para a fixação de nitrogênio e assimilação de nitratos, sendo um nutriente imóvel. A carência de molibdênio origina manchas cloróticas intervenais seguidas de necrose marginal e enrolamento foliar, interferindo na frutificação. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.

Boro (B) 
Atua no metabolismo de carboidratos e transportes de açúcares através de membaranas, na formação da parede celular, divisão celular, no movimento da seiva. Contribui para a maior força e resistência de todos os tecidos vegetais Atua no desenvolvimento das folhas e dos brotos. A forma iônica absorvida pelas plantas é H3BO3. A carência de boro afeta os órgãos de reserva e desorganiza os meristemas, causando a morte das extremidades caulinares, e pecíolos quebradiços. A floração é completamente suprimida ou originam-se frutos e sementes anormais. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.

Cloro (Cl) 
Está ligado ao metabolismo da água e a transpiração das plantas, além de participar da fotossíntese, sendo um nutriente móvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cl-. A carência de cloro reduz o crescimento vegetal e provoca o aparecimento de folhas murchas por clorose e necrose, bem como o atrofiamento das raízes. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas. A carência de cloro é raríssima, é mais comum encontrarmos excesso do que a deficiência deste micronutriente. A toxidez do cloro é caracterizada pela queima das margens das folhas localizadas externamente na planta.







terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Descrição de pragas do tomate.



Ø 


    DESCRIÇÃO: ACARO BRANCO.

SINONÍMIA: Hemitarsonemus latus (Banks, 1904); Tarsonemus phaseoli (Banks, 1904); Tarsonemus latus (Banks, 1904); Neotarsonemus latus (Banks, 1904) 

Ordem: Acari. Família: Tarsonemidae.

Esta espécie de ácaro é semelhante ao ácaro rajado, polífago e cosmopolita. Além do algodão, causa danos em batata, berinjela, café, citros, feijão, mamão, manga, maracujá, morango, pêra, pimentão e uva.

DANOS: No algodoeiro, o ácaro provoca perda na produção, devido a redução no número de maçãs e diminuição na qualidade da fibra. Quando o ataque ocorre nas folhas, o sintoma geral é o escurecimento das mesmas e o posterior enrolamento dos bordos para baixo.

BIOECOLOGIA: Esse ácaro tem uma característica marcante: não tece teia.

São artrópodes, sendo a fêmea medindo de 0,17 mm de comprimento por 0,11 mm de largura. A postura dos ovos se faz isoladamente na face inferior das folhas novas. Estes ovos são achatados, com saliência superficiais e de coloração branca. O macho apresenta o quarto par de pernas avantajado para facilitar na hora da cópula.

A sua ocorrência é favorecida por temperaturas elevadas e tempo chuvoso, podendo completar uma nova geração no período de 3 a 5 dias.

CONTROLE: Controle químico com acaricidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO:  ACARO VERMELHO.

Ordem: Acari. Família: Tetranychidae.

Os insetos deste gênero pertencem a um grupo de ácaros que causam danos a várias espécies de plantas.

DANOS:

Raspam as folhas para se alimentarem dos líquidos que extravasam, em conseqüência, as folhas tornam-se cloróticas e posteriormente caem, diminuindo a produção.

BIOECOLOGIA:

As fêmeas apresentam coloração vermelha intensa e as suas formas jovens são verdes. Formam colônias entre as nervuras das folhas, onde tecem as suas teias.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Utilizar inseticidas recomendados.

DESCRIÇÃO: BROCA PEQUENA.


Ø  

SINONÍMIA: Leucinodes elegantalis (Guenée, 1854)

Ordem: Lepidoptera. Família: Pyralidae.

Estas pequenas mariposas são consideradas um dos principais problemas para a cultura do tomate por causarem prejuízos diretamente no produto comercializado. Causam prejuízos consideráveis também em outras espécies de solanáceas, como a berinjela e o pimentão.

DANOS: As larvas causam o broqueamento dos frutos, destruindo-os internamente. O adulto faz a postura nos frutos ainda novos. As larvas, ao eclodirem, penetram no fruto, permanecendo dentro dele toda a fase jovem. Os frutos brocados apresentam uma cicatriz, que é o sinal de entrada da larva. Ao sair para empupar, a larva faz um orifício no fruto, que fica impróprio para o consumo.

BIOECOLOGIA: O adulto possui asas anteriores de coloração transparente, sendo que as asas posteriores apresentam pequenas manchas marrons. As lagartas são de coloração rosa, com o primeiro segmento do tórax amarelado. Os ovos são de cor branca, os quais são depositados no fruto.

O ciclo biológico dura aproximadamente 30 dias, sendo que as larvas passam por 5 ínstares no interior dos frutos.

CONTROLE: CONTROLE CULTURAL: Efetuar a catação manual dos frutos brocados e promover a destruição dos mesmos. Também deve ser eliminada toda solanácea silvestre ao redor da plantação que poderia servir como hospedeiro para a praga. Armadilhas luminosas com lâmpadas fluorescentes ultravioletas também são utilizadas para controlar a broca.

CONTROLE QUÍMICO: Utilizar inseticidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO: LAGARTA ROSCA.

Ordem: Lepidoptera. Família: Noctuidae.

Ataca um grande número de plantas, sendo que as gramíneas são as mais prejudicadas. Outras culturas como a couve, pimentão, berinjela, amendoim, alface, batata, repolho, feijão, morango, algodão, trigo, sorgo e tomate também sofrem com o ataque dessa praga. É uma praga que tem ocorrência durante todo o ano, tendo um pico populacional no mês de dezembro.

DANOS:

Quando as plantas encontram-se com até 30 dias, as larvas seccionam-as rente ao solo. Quando o estágio vegetativo é mais avançado, as lagartas podem abrir galerias na base do colmo, favorecendo o tombamento, bem como o aparecimento de estrias nas folhas, sintoma denominado de coração morto. Além disso, causam perfilhamento.

BIOECOLOGIA:

Os adultos são mariposas de coloração escura, sendo que suas asas anteriores possuem manchas triangulares negras, e as posteriores são mais claras. Os ovos são de coloração branca, sendo que cada fêmea pode colocar até 1000 ovos. Geralmente, a postura é feita nos colmos e nas folhas.

Depois da eclosão surgem as larvas, também de coloração escura, que varia de cinza a preta. São de hábito noturno e, durante o dia, ficam abrigadas no solo, onde posteriormente vão empupar. Sua principal característica é que quando tocadas enrolam-se, característica que originou o nome vulgar. Para que o ciclo biológico se complete são necessários de 34 a 64 dias.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Pode-se utilizar iscas à base de açúcar ou melaço, adicionando-se a essa calda um inseticida. Em pulverização recomendam-se os inseticidas à base de piretróides.

CONTROLE BIOLÓGICO:

Pode ser feito por inimigos naturais, representados por microhimenópteros e moscas.

Ø  DESCRIÇÃO: MOSCA BRANCA.

SINONÍMIAS: Bemisia argentifolli

Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aleyrodidae.

É uma importante praga, principalmente por se tratar de um grande transmissor de vírus. Pode ser encontrada nas culturas de algodão, brócolis, cucurbitáceas, ornamentais, soja, solanáceas e uva.

Bemisia tabaci possui a característica de ser menos resistente aos inseticidas, quando a comparação é feita com Bemisia tabaci raça B.

DANOS:

Estes insetos, adultos ou ninfas, causam perdas significativas nas culturas, seja pela queda das folhas e frutos, murchamento, além do amadurecimento irregular dos frutos.

Causam ainda sérios problemas devido à infecção de vírus, que provoca paralisação do crescimento e queda na produção, quando não leva a planta à morte.

BIOECOLOGIA:

Os adultos têm o branco como cor predominante, uma vez que suas asas cobrem a maior parte de corpo e possuem essa coloração, no entanto o dorso é amarelo-claro. Quanto ao tamanho, pode-se dizer ainda que os machos são menores que as fêmeas. O aparelho bucal é do tipo "picador-sugador".

A oviposição ocorre de maneira isolada na parte inferior da folha. Os ovos apresentam o formato de uma pêra, além da coloração amarelada. Após a eclosão, surgem as ninfas, essas são translúcidas e de coloração que pode variar do amarelo ao amarelo-pálido.

Logo no início de seu desenvolvimento, saem à procura de um local na planta para que possam introduzir o estilete e começar o processo de sucção de seiva. Após o primeiro estádio, as ninfas permanecem imóveis até a fase de pupa, apenas se alimentando. A longevidade da fêmea é de aproximadamente 18 dias.

CONTROLE:

Utilizar sementes de boa qualidade, além das variedades mais resistentes.

CONTROLE QUÍMICO:

Fazer uso de inseticidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO: MOSCA MINADORA.

Ordem: Diptera. Família: Agromyzidae.

São insetos cujas larvas causam prejuízos nas culturas da batata, berinjela, melancia, melão, pimentão e tomate.

DANOS:

As larvas abrem minas no interior do parênquima foliar, se alimentam dos tecidos e destroem parcialmente ou totalmente a folha, provocando seu secamento. Em determinados casos, quando o ataque é muito intenso, podem prejudicar o desenvolvimento da cultura.

BIOECOLOGIA:

Os insetos adultos são pequenas moscas que medem aproximadamente 2 mm de comprimento e têm coloração escura, quase preta.

As fêmeas inserem os ovos no interior do tecido das folhas. Após três dias surgem as larvas, que podem atingir 1 a 2 mm de comprimento. As larvas têm coloração branca a marrom e vivem no parênquima foliar, abrindo galerias. Podem empupar no interior das minas ou na superfície da folha, mas geralmente empupam no solo.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Recomenda-se a pulverização com inseticidas piretróides ou a aplicação de inseticidas sistêmicos granulados específicos para a cultura.

Ø  DESCRIÇÃO: NEMATOIDE.

Meloidogyne incognita alimenta-se do sistema radicular, provocando a murcha da planta nos horários mais quentes do dia. Quando a infestação é alta, a planta apresenta sintomas de deficiência nutricional, redução do crescimento e clorose, afetando significativamente a produção e a qualidade dos frutos.

O nematóide está presente em todas as áreas onde se cultiva o tomate no Brasil, possuindo ampla gama de hospedeiras, como feijão, café, ervilha, soja, fumo, algodão e muitas plantas daninhas.

SINTOMAS / DANOS:

Ocorrendo infestação na fase de plântula, as mudas não resistem e morrem no próprio viveiro ou após o transplante.

RAÍZES:

No local onde o nematóide alimenta-se ocorre a formação de galhas ou tumores radiculares. Em plantas severamente infestadas, observa-se a formação de poucas raízes no sistema radicular, mas as que existem estão tomadas pelas galhas do nematóide. O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e nutrientes, afetando assim o crescimento das plantas.

FOLHAS:

Quando a infestação é severa, as folhas apresentam aspecto clorótico e murcham nos períodos mais quentes do dia.

BIOECOLOGIA:

Vários fatores interferem no ciclo de vida desses organismos, especialmente a temperatura do solo. O ciclo de vida do gênero Meloidogyne normalmente se completa em 28 dias, mas se prolonga quando a temperatura está muito inferior ou superior à ideal para o seu desenvolvimento.

Os excessos de umidade ou de secura reduzem a infestação, e a ocorrência de períodos chuvosos e temperaturas entre 20 °C a 30 °C favorecem a multiplicação dos nematóides. A disseminação dos nematóides do gênero Meloidogyne ocorre principalmente por enxurradas, água de irrigação, mudas e implementos agrícolas.

CONTROLE:

O controle do nematóide do gênero Meloidogyne é muito dispendioso, principalmente devido ao fato de que a erradicação é praticamente impossível. O sucesso do controle em áreas infestadas depende de um conjunto de medidas associadas, visando principalmente reduzir o nível populacional e impedir a sua multiplicação.

PRÁTICAS CULTURAIS:

Recomenda-se a utilização de mudas sadias e a limpeza das ferramentas e máquinas agrícolas antes de executar trabalhos nas áreas ainda não infestadas. Nos locais contaminados pode-se adotar medidas como aração profunda ou gradagem freqüente nos períodos quentes e não chuvosos. Utilizar adubação verde, rotação com plantas que inibam a reprodução e retirar as plantas daninhas hospedeiras dos nematóides.


Ø  DESCRIÇÃO: PULGÃO.


SINONÍMIAS: Siphonophora solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum gei (Kock, 1857)

Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aphididae.

O maior prejuízo causado pelos pulgões é a transmissão de viroses, pois as viroses são limitantes para a produção da cultura. Esta espécie ocorre em plantas de alface, batata, berinjela, fumo, pimentão e tomate.

DANOS:

Além dos danos causados pela sucção direta da seiva, comprometendo assim o desenvolvimento da planta, estes insetos também causam problemas principalmente devido à transmissão de viroses, tais como o mosaico e o vírus do enrolamento das folhas.

BIOECOLOGIA:

A forma alada dessa espécie diferencia-se da forma áptera pelo seu tamanho, sendo que essa última é maior. O comprimento pode variar de 3 a 4 mm. A coloração geralmente é verde, com cabeça e tórax amarelados, que anteriormente possuíam coloração escura.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Realizar pulverizações com inseticidas fosforados sistêmicos.


Ø  DESCRIÇÃO:TRAÇA.

SINONÍMIA: Scrobipalpuloides absoluta (Meyrick, 1917)

Ordem: Lepidoptera. Família: Gelechiidae.

É uma espécie de grande ocorrência em solanáceas, principalmente em tomateiro. As outras solanáceas em que a praga tem importância econômica são berinjela, batata e pimentão. 
 
Sintomas:

As larvas inicialmente atacam as folhas, ramos, gemas e ponteiros, abrindo galerias, posteriormente atingem os frutos, causando sérios prejuízos à produção da cultura. 
 
Bioecologia:

O inseto adulto é um lepidóptero de coloração cinzenta. A
fêmea pode ovipositar em média 100 ovos, de cor branca e agrupados nas folhas e ramos. As lagartas possuem coloração pardacenta e cabeça marrom-clara, empupam nos restos dos vegetais, protegidas por um casulo de seda. As pupas são de coloração marrom, das quais surgirá o adulto. O ciclo biológico da praga dura em média 30 dias. 
 
Controle:

CONTROLE BIOLÓGICO:

A utilização de Trichogramma e Bacillus thuringiensis tem apresentado bons resultados.

CONTROLE QUÍMICO:

Fazer uso de inseticidas específicos, conforme recomendação do fabricante. 

Ø  DESCRIÇÃO: TRIPES

Ordem: Thysanoptera. Família: Thripidae.

Este tripes causa danos de importância econômica em várias culturas: abobrinha, algodão, amendoim, batata, berinjela, cebola, fumo, jiló, melancia, melão, pepino, pimenta, pimentão, soja, tomate e uva.

É um inseto que pode provocar sérios problemas na cultura do tomate, pois transmite o vírus do "vira-cabeça", que, dependendo da proporção de incidência, pode acabar com uma área de plantio.

DANOS:

Tanto a fase jovem quanto a fase adulta do tripes atacam as folhas, alimentando-se da seiva das plantas, provocando o dobramento dos bordos para cima e a descoloração esbranquiçada. Quando o ataque ocorre nas inflorescências, a descoloração é avermelhada e pode resultar em esterilidade das espiguetas.

O desenvolvimento da população da praga evolui conforme o crescimento das plantas, atingindo seu pico no florescimento. Os maiores danos são provocados pela transmissão do vírus vira-cabeça, que os tripes liberam ao sugarem a seiva da planta.

Os sintomas na planta doente são facilmente identificáveis: folhas bronzeadas, caule com faixas escuras, frutos com manchas amareladas e curvamento dos ponteiros das plantas, sendo que esse último é a razão do nome da doença.

BIOECOLOGIA: São insetos pequenos, que medem aproximadamente 3,0 mm de comprimento, corpo alongado e asas franjadas. Escondem-se dentro das flores e embaixo das folhas e brotos.

Possuem aparelho bucal raspador-sugador. As fêmeas põem de 20-100 ovos nas folhas. A fase adulta tem coloração marrom-escura, e a fase jovem é amarelada.

CONTROLE:

CONTROLE PREVENTIVO:

Plantar na época de menor incidência da praga. Instalar o viveiro longe de áreas de culturas que possam ser atacadas pelo tripes. Manter o viveiro limpo, bem como a área de transplante. Arrancar e queimar as plantas com sintomas da doença.

CONTROLE QUÍMICO:

Recomenda-se a pulverização com inseticidas fosforados.

Tratar as sementes com inseticidas específicos e, após o transplantio, aplicar o mesmo inseticida em quantidades adequadas na cova.