DESCRIÇÃO: ACARO BRANCO.
SINONÍMIA: Hemitarsonemus latus (Banks, 1904); Tarsonemus phaseoli
(Banks, 1904); Tarsonemus latus (Banks, 1904); Neotarsonemus latus (Banks,
1904)
Ordem: Acari. Família: Tarsonemidae.
Esta espécie de ácaro é semelhante ao ácaro rajado, polífago e
cosmopolita. Além do algodão, causa danos em batata, berinjela, café, citros,
feijão, mamão, manga, maracujá, morango, pêra, pimentão e uva.
DANOS: No algodoeiro, o ácaro provoca perda na produção, devido a
redução no número de maçãs e diminuição na qualidade da fibra. Quando o ataque
ocorre nas folhas, o sintoma geral é o escurecimento das mesmas e o posterior
enrolamento dos bordos para baixo.
BIOECOLOGIA: Esse ácaro tem uma característica marcante: não tece
teia.
São artrópodes, sendo a fêmea medindo de 0,17 mm de comprimento
por 0,11 mm de largura. A postura dos ovos se faz isoladamente na face inferior
das folhas novas. Estes ovos são achatados, com saliência superficiais e de
coloração branca. O macho apresenta o quarto par de pernas avantajado para
facilitar na hora da cópula.
A sua ocorrência é favorecida por temperaturas elevadas e tempo
chuvoso, podendo completar uma nova geração no período de 3 a 5 dias.
CONTROLE: Controle químico com acaricidas específicos.
Ø DESCRIÇÃO: ACARO VERMELHO.
Ordem: Acari. Família: Tetranychidae.
Os insetos deste gênero pertencem a um grupo de ácaros que causam
danos a várias espécies de plantas.
DANOS:
Raspam as folhas para se alimentarem dos líquidos que extravasam,
em conseqüência, as folhas tornam-se cloróticas e posteriormente caem,
diminuindo a produção.
BIOECOLOGIA:
As fêmeas apresentam coloração vermelha intensa e as suas formas
jovens são verdes. Formam colônias entre as nervuras das folhas, onde tecem as
suas teias.
CONTROLE:
CONTROLE QUÍMICO:
Utilizar inseticidas recomendados.
DESCRIÇÃO: BROCA PEQUENA.
DESCRIÇÃO: BROCA PEQUENA.
Ø
SINONÍMIA: Leucinodes elegantalis (Guenée, 1854)
Ordem: Lepidoptera. Família: Pyralidae.
Estas pequenas mariposas são consideradas um dos principais
problemas para a cultura do tomate por causarem prejuízos diretamente no
produto comercializado. Causam prejuízos consideráveis também em outras
espécies de solanáceas, como a berinjela e o pimentão.
DANOS: As larvas causam o broqueamento dos frutos, destruindo-os
internamente. O adulto faz a postura nos frutos ainda novos. As larvas, ao
eclodirem, penetram no fruto, permanecendo dentro dele toda a fase jovem. Os
frutos brocados apresentam uma cicatriz, que é o sinal de entrada da larva. Ao
sair para empupar, a larva faz um orifício no fruto, que fica impróprio para o
consumo.
BIOECOLOGIA: O adulto possui asas anteriores de coloração
transparente, sendo que as asas posteriores apresentam pequenas manchas
marrons. As lagartas são de coloração rosa, com o primeiro segmento do tórax
amarelado. Os ovos são de cor branca, os quais são depositados no fruto.
O ciclo biológico dura aproximadamente 30 dias, sendo que as
larvas passam por 5 ínstares no interior dos frutos.
CONTROLE: CONTROLE CULTURAL: Efetuar a catação manual dos frutos
brocados e promover a destruição dos mesmos. Também deve ser eliminada toda
solanácea silvestre ao redor da plantação que poderia servir como hospedeiro
para a praga. Armadilhas luminosas com lâmpadas fluorescentes ultravioletas
também são utilizadas para controlar a broca.
CONTROLE QUÍMICO: Utilizar inseticidas específicos.
Ø DESCRIÇÃO: LAGARTA ROSCA.
Ordem: Lepidoptera. Família: Noctuidae.
Ataca um grande número de plantas, sendo que as gramíneas são as
mais prejudicadas. Outras culturas como a couve, pimentão, berinjela, amendoim,
alface, batata, repolho, feijão, morango, algodão, trigo, sorgo e tomate também
sofrem com o ataque dessa praga. É uma praga que tem ocorrência durante todo o
ano, tendo um pico populacional no mês de dezembro.
DANOS:
Quando as plantas encontram-se com até 30 dias, as larvas
seccionam-as rente ao solo. Quando o estágio vegetativo é mais avançado, as
lagartas podem abrir galerias na base do colmo, favorecendo o tombamento, bem
como o aparecimento de estrias nas folhas, sintoma denominado de coração morto.
Além disso, causam perfilhamento.
BIOECOLOGIA:
Os adultos são mariposas de coloração escura, sendo que suas asas
anteriores possuem manchas triangulares negras, e as posteriores são mais
claras. Os ovos são de coloração branca, sendo que cada fêmea pode colocar até
1000 ovos. Geralmente, a postura é feita nos colmos e nas folhas.
Depois da eclosão surgem as larvas, também de coloração escura,
que varia de cinza a preta. São de hábito noturno e, durante o dia, ficam
abrigadas no solo, onde posteriormente vão empupar. Sua principal
característica é que quando tocadas enrolam-se, característica que originou o
nome vulgar. Para que o ciclo biológico se complete são necessários de 34 a 64
dias.
CONTROLE:
CONTROLE QUÍMICO:
Pode-se utilizar iscas à base de açúcar ou melaço, adicionando-se
a essa calda um inseticida. Em pulverização recomendam-se os inseticidas à base
de piretróides.
CONTROLE BIOLÓGICO:
Pode ser feito por inimigos naturais, representados por
microhimenópteros e moscas.
Ø DESCRIÇÃO: MOSCA BRANCA.
SINONÍMIAS: Bemisia argentifolli
Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aleyrodidae.
É uma importante praga, principalmente por se tratar de um grande
transmissor de vírus. Pode ser encontrada nas culturas de algodão, brócolis,
cucurbitáceas, ornamentais, soja, solanáceas e uva.
Bemisia tabaci possui a característica de ser menos resistente aos
inseticidas, quando a comparação é feita com Bemisia tabaci raça B.
DANOS:
Estes insetos, adultos ou ninfas, causam perdas significativas nas
culturas, seja pela queda das folhas e frutos, murchamento, além do
amadurecimento irregular dos frutos.
Causam ainda sérios problemas devido à infecção de vírus, que
provoca paralisação do crescimento e queda na produção, quando não leva a
planta à morte.
BIOECOLOGIA:
Os adultos têm o branco como cor predominante, uma vez que suas
asas cobrem a maior parte de corpo e possuem essa coloração, no entanto o dorso
é amarelo-claro. Quanto ao tamanho, pode-se dizer ainda que os machos são
menores que as fêmeas. O aparelho bucal é do tipo "picador-sugador".
A oviposição ocorre de maneira isolada na parte inferior da folha.
Os ovos apresentam o formato de uma pêra, além da coloração amarelada. Após a
eclosão, surgem as ninfas, essas são translúcidas e de coloração que pode
variar do amarelo ao amarelo-pálido.
Logo no início de seu desenvolvimento, saem à procura de um local
na planta para que possam introduzir o estilete e começar o processo de sucção
de seiva. Após o primeiro estádio, as ninfas permanecem imóveis até a fase de
pupa, apenas se alimentando. A longevidade da fêmea é de aproximadamente 18
dias.
CONTROLE:
Utilizar sementes de boa qualidade, além das variedades mais
resistentes.
CONTROLE QUÍMICO:
Fazer uso de inseticidas específicos.
Ø DESCRIÇÃO: MOSCA MINADORA.
Ordem: Diptera. Família: Agromyzidae.
São insetos cujas larvas causam prejuízos nas culturas da batata,
berinjela, melancia, melão, pimentão e tomate.
DANOS:
As larvas abrem minas no interior do parênquima foliar, se
alimentam dos tecidos e destroem parcialmente ou totalmente a folha, provocando
seu secamento. Em determinados casos, quando o ataque é muito intenso, podem
prejudicar o desenvolvimento da cultura.
BIOECOLOGIA:
Os insetos adultos são pequenas moscas que medem aproximadamente 2
mm de comprimento e têm coloração escura, quase preta.
As fêmeas inserem os ovos no interior do tecido das folhas. Após
três dias surgem as larvas, que podem atingir 1 a 2 mm de comprimento. As
larvas têm coloração branca a marrom e vivem no parênquima foliar, abrindo
galerias. Podem empupar no interior das minas ou na superfície da folha, mas
geralmente empupam no solo.
CONTROLE:
CONTROLE QUÍMICO:
Recomenda-se a pulverização com inseticidas piretróides ou a
aplicação de inseticidas sistêmicos granulados específicos para a cultura.
Meloidogyne incognita alimenta-se do sistema radicular, provocando
a murcha da planta nos horários mais quentes do dia. Quando a infestação é
alta, a planta apresenta sintomas de deficiência nutricional, redução do
crescimento e clorose, afetando significativamente a produção e a qualidade dos
frutos.
O nematóide está presente em todas as áreas onde se cultiva o
tomate no Brasil, possuindo ampla gama de hospedeiras, como feijão, café,
ervilha, soja, fumo, algodão e muitas plantas daninhas.
SINTOMAS / DANOS:
Ocorrendo infestação na fase de plântula, as mudas não resistem e
morrem no próprio viveiro ou após o transplante.
RAÍZES:
No local onde o nematóide alimenta-se ocorre a formação de galhas
ou tumores radiculares. Em plantas severamente infestadas, observa-se a
formação de poucas raízes no sistema radicular, mas as que existem estão
tomadas pelas galhas do nematóide. O sistema radicular torna-se ineficiente na
absorção de água e nutrientes, afetando assim o crescimento das plantas.
FOLHAS:
Quando a infestação é severa, as folhas apresentam aspecto
clorótico e murcham nos períodos mais quentes do dia.
BIOECOLOGIA:
Vários fatores interferem no ciclo de vida desses organismos,
especialmente a temperatura do solo. O ciclo de vida do gênero Meloidogyne
normalmente se completa em 28 dias, mas se prolonga quando a temperatura está
muito inferior ou superior à ideal para o seu desenvolvimento.
Os excessos de umidade ou de secura reduzem a infestação, e a
ocorrência de períodos chuvosos e temperaturas entre 20 °C a 30 °C favorecem a
multiplicação dos nematóides. A disseminação dos nematóides do gênero
Meloidogyne ocorre principalmente por enxurradas, água de irrigação, mudas e
implementos agrícolas.
CONTROLE:
O controle do nematóide do gênero Meloidogyne é muito dispendioso,
principalmente devido ao fato de que a erradicação é praticamente impossível. O
sucesso do controle em áreas infestadas depende de um conjunto de medidas
associadas, visando principalmente reduzir o nível populacional e impedir a sua
multiplicação.
PRÁTICAS CULTURAIS:
Recomenda-se a utilização de mudas sadias e a limpeza das
ferramentas e máquinas agrícolas antes de executar trabalhos nas áreas ainda
não infestadas. Nos locais contaminados pode-se adotar medidas como aração
profunda ou gradagem freqüente nos períodos quentes e não chuvosos. Utilizar
adubação verde, rotação com plantas que inibam a reprodução e retirar as
plantas daninhas hospedeiras dos nematóides.
SINONÍMIAS: Siphonophora solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum
solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum gei (Kock, 1857)
Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aphididae.
O maior prejuízo causado pelos pulgões é a transmissão de viroses,
pois as viroses são limitantes para a produção da cultura. Esta espécie ocorre
em plantas de alface, batata, berinjela, fumo, pimentão e tomate.
DANOS:
Além dos danos causados pela sucção direta da seiva, comprometendo
assim o desenvolvimento da planta, estes insetos também causam problemas
principalmente devido à transmissão de viroses, tais como o mosaico e o vírus
do enrolamento das folhas.
BIOECOLOGIA:
A forma alada dessa espécie diferencia-se da forma áptera pelo seu
tamanho, sendo que essa última é maior. O comprimento pode variar de 3 a 4 mm.
A coloração geralmente é verde, com cabeça e tórax amarelados, que
anteriormente possuíam coloração escura.
CONTROLE:
CONTROLE QUÍMICO:
Realizar pulverizações com inseticidas fosforados sistêmicos.
Ø DESCRIÇÃO:TRAÇA.
SINONÍMIA: Scrobipalpuloides absoluta (Meyrick, 1917)
Ordem: Lepidoptera. Família: Gelechiidae.
É uma espécie de grande ocorrência em solanáceas, principalmente
em tomateiro. As outras solanáceas em que a praga tem importância econômica são
berinjela, batata e pimentão.
Sintomas:
As larvas inicialmente atacam as folhas, ramos, gemas e ponteiros,
abrindo galerias, posteriormente atingem os frutos, causando sérios prejuízos à
produção da cultura.
Bioecologia:
O inseto adulto é um lepidóptero de coloração cinzenta. A
fêmea pode ovipositar em média 100 ovos, de cor branca e agrupados
nas folhas e ramos. As lagartas possuem coloração pardacenta e cabeça
marrom-clara, empupam nos restos dos vegetais, protegidas por um casulo de
seda. As pupas são de coloração marrom, das quais surgirá o adulto. O ciclo
biológico da praga dura em média 30 dias.
Controle:
CONTROLE BIOLÓGICO:
A utilização de Trichogramma e Bacillus thuringiensis tem
apresentado bons resultados.
CONTROLE QUÍMICO:
Fazer uso de inseticidas específicos, conforme recomendação do
fabricante.
Ø DESCRIÇÃO: TRIPES
Ordem: Thysanoptera. Família: Thripidae.
Este tripes causa danos de importância econômica em várias
culturas: abobrinha, algodão, amendoim, batata, berinjela, cebola, fumo, jiló,
melancia, melão, pepino, pimenta, pimentão, soja, tomate e uva.
É um inseto que pode provocar sérios problemas na cultura do
tomate, pois transmite o vírus do "vira-cabeça", que, dependendo da
proporção de incidência, pode acabar com uma área de plantio.
DANOS:
Tanto a fase jovem quanto a fase adulta do tripes atacam as
folhas, alimentando-se da seiva das plantas, provocando o dobramento dos bordos
para cima e a descoloração esbranquiçada. Quando o ataque ocorre nas
inflorescências, a descoloração é avermelhada e pode resultar em esterilidade
das espiguetas.
O desenvolvimento da população da praga evolui conforme o
crescimento das plantas, atingindo seu pico no florescimento. Os maiores danos
são provocados pela transmissão do vírus vira-cabeça, que os tripes liberam ao
sugarem a seiva da planta.
Os sintomas na planta doente são facilmente identificáveis: folhas
bronzeadas, caule com faixas escuras, frutos com manchas amareladas e
curvamento dos ponteiros das plantas, sendo que esse último é a razão do nome
da doença.
BIOECOLOGIA: São insetos pequenos, que medem aproximadamente 3,0
mm de comprimento, corpo alongado e asas franjadas. Escondem-se dentro das
flores e embaixo das folhas e brotos.
Possuem aparelho bucal raspador-sugador. As fêmeas põem de 20-100
ovos nas folhas. A fase adulta tem coloração marrom-escura, e a fase jovem é
amarelada.
CONTROLE:
CONTROLE PREVENTIVO:
Plantar na época de menor incidência da praga. Instalar o viveiro
longe de áreas de culturas que possam ser atacadas pelo tripes. Manter o
viveiro limpo, bem como a área de transplante. Arrancar e queimar as plantas
com sintomas da doença.
CONTROLE QUÍMICO:
Recomenda-se a pulverização com inseticidas fosforados.
Tratar as sementes com inseticidas específicos e, após o
transplantio, aplicar o mesmo inseticida em quantidades adequadas na cova.
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