terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Descrição de pragas do tomate.



Ø 


    DESCRIÇÃO: ACARO BRANCO.

SINONÍMIA: Hemitarsonemus latus (Banks, 1904); Tarsonemus phaseoli (Banks, 1904); Tarsonemus latus (Banks, 1904); Neotarsonemus latus (Banks, 1904) 

Ordem: Acari. Família: Tarsonemidae.

Esta espécie de ácaro é semelhante ao ácaro rajado, polífago e cosmopolita. Além do algodão, causa danos em batata, berinjela, café, citros, feijão, mamão, manga, maracujá, morango, pêra, pimentão e uva.

DANOS: No algodoeiro, o ácaro provoca perda na produção, devido a redução no número de maçãs e diminuição na qualidade da fibra. Quando o ataque ocorre nas folhas, o sintoma geral é o escurecimento das mesmas e o posterior enrolamento dos bordos para baixo.

BIOECOLOGIA: Esse ácaro tem uma característica marcante: não tece teia.

São artrópodes, sendo a fêmea medindo de 0,17 mm de comprimento por 0,11 mm de largura. A postura dos ovos se faz isoladamente na face inferior das folhas novas. Estes ovos são achatados, com saliência superficiais e de coloração branca. O macho apresenta o quarto par de pernas avantajado para facilitar na hora da cópula.

A sua ocorrência é favorecida por temperaturas elevadas e tempo chuvoso, podendo completar uma nova geração no período de 3 a 5 dias.

CONTROLE: Controle químico com acaricidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO:  ACARO VERMELHO.

Ordem: Acari. Família: Tetranychidae.

Os insetos deste gênero pertencem a um grupo de ácaros que causam danos a várias espécies de plantas.

DANOS:

Raspam as folhas para se alimentarem dos líquidos que extravasam, em conseqüência, as folhas tornam-se cloróticas e posteriormente caem, diminuindo a produção.

BIOECOLOGIA:

As fêmeas apresentam coloração vermelha intensa e as suas formas jovens são verdes. Formam colônias entre as nervuras das folhas, onde tecem as suas teias.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Utilizar inseticidas recomendados.

DESCRIÇÃO: BROCA PEQUENA.


Ø  

SINONÍMIA: Leucinodes elegantalis (Guenée, 1854)

Ordem: Lepidoptera. Família: Pyralidae.

Estas pequenas mariposas são consideradas um dos principais problemas para a cultura do tomate por causarem prejuízos diretamente no produto comercializado. Causam prejuízos consideráveis também em outras espécies de solanáceas, como a berinjela e o pimentão.

DANOS: As larvas causam o broqueamento dos frutos, destruindo-os internamente. O adulto faz a postura nos frutos ainda novos. As larvas, ao eclodirem, penetram no fruto, permanecendo dentro dele toda a fase jovem. Os frutos brocados apresentam uma cicatriz, que é o sinal de entrada da larva. Ao sair para empupar, a larva faz um orifício no fruto, que fica impróprio para o consumo.

BIOECOLOGIA: O adulto possui asas anteriores de coloração transparente, sendo que as asas posteriores apresentam pequenas manchas marrons. As lagartas são de coloração rosa, com o primeiro segmento do tórax amarelado. Os ovos são de cor branca, os quais são depositados no fruto.

O ciclo biológico dura aproximadamente 30 dias, sendo que as larvas passam por 5 ínstares no interior dos frutos.

CONTROLE: CONTROLE CULTURAL: Efetuar a catação manual dos frutos brocados e promover a destruição dos mesmos. Também deve ser eliminada toda solanácea silvestre ao redor da plantação que poderia servir como hospedeiro para a praga. Armadilhas luminosas com lâmpadas fluorescentes ultravioletas também são utilizadas para controlar a broca.

CONTROLE QUÍMICO: Utilizar inseticidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO: LAGARTA ROSCA.

Ordem: Lepidoptera. Família: Noctuidae.

Ataca um grande número de plantas, sendo que as gramíneas são as mais prejudicadas. Outras culturas como a couve, pimentão, berinjela, amendoim, alface, batata, repolho, feijão, morango, algodão, trigo, sorgo e tomate também sofrem com o ataque dessa praga. É uma praga que tem ocorrência durante todo o ano, tendo um pico populacional no mês de dezembro.

DANOS:

Quando as plantas encontram-se com até 30 dias, as larvas seccionam-as rente ao solo. Quando o estágio vegetativo é mais avançado, as lagartas podem abrir galerias na base do colmo, favorecendo o tombamento, bem como o aparecimento de estrias nas folhas, sintoma denominado de coração morto. Além disso, causam perfilhamento.

BIOECOLOGIA:

Os adultos são mariposas de coloração escura, sendo que suas asas anteriores possuem manchas triangulares negras, e as posteriores são mais claras. Os ovos são de coloração branca, sendo que cada fêmea pode colocar até 1000 ovos. Geralmente, a postura é feita nos colmos e nas folhas.

Depois da eclosão surgem as larvas, também de coloração escura, que varia de cinza a preta. São de hábito noturno e, durante o dia, ficam abrigadas no solo, onde posteriormente vão empupar. Sua principal característica é que quando tocadas enrolam-se, característica que originou o nome vulgar. Para que o ciclo biológico se complete são necessários de 34 a 64 dias.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Pode-se utilizar iscas à base de açúcar ou melaço, adicionando-se a essa calda um inseticida. Em pulverização recomendam-se os inseticidas à base de piretróides.

CONTROLE BIOLÓGICO:

Pode ser feito por inimigos naturais, representados por microhimenópteros e moscas.

Ø  DESCRIÇÃO: MOSCA BRANCA.

SINONÍMIAS: Bemisia argentifolli

Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aleyrodidae.

É uma importante praga, principalmente por se tratar de um grande transmissor de vírus. Pode ser encontrada nas culturas de algodão, brócolis, cucurbitáceas, ornamentais, soja, solanáceas e uva.

Bemisia tabaci possui a característica de ser menos resistente aos inseticidas, quando a comparação é feita com Bemisia tabaci raça B.

DANOS:

Estes insetos, adultos ou ninfas, causam perdas significativas nas culturas, seja pela queda das folhas e frutos, murchamento, além do amadurecimento irregular dos frutos.

Causam ainda sérios problemas devido à infecção de vírus, que provoca paralisação do crescimento e queda na produção, quando não leva a planta à morte.

BIOECOLOGIA:

Os adultos têm o branco como cor predominante, uma vez que suas asas cobrem a maior parte de corpo e possuem essa coloração, no entanto o dorso é amarelo-claro. Quanto ao tamanho, pode-se dizer ainda que os machos são menores que as fêmeas. O aparelho bucal é do tipo "picador-sugador".

A oviposição ocorre de maneira isolada na parte inferior da folha. Os ovos apresentam o formato de uma pêra, além da coloração amarelada. Após a eclosão, surgem as ninfas, essas são translúcidas e de coloração que pode variar do amarelo ao amarelo-pálido.

Logo no início de seu desenvolvimento, saem à procura de um local na planta para que possam introduzir o estilete e começar o processo de sucção de seiva. Após o primeiro estádio, as ninfas permanecem imóveis até a fase de pupa, apenas se alimentando. A longevidade da fêmea é de aproximadamente 18 dias.

CONTROLE:

Utilizar sementes de boa qualidade, além das variedades mais resistentes.

CONTROLE QUÍMICO:

Fazer uso de inseticidas específicos.


Ø  DESCRIÇÃO: MOSCA MINADORA.

Ordem: Diptera. Família: Agromyzidae.

São insetos cujas larvas causam prejuízos nas culturas da batata, berinjela, melancia, melão, pimentão e tomate.

DANOS:

As larvas abrem minas no interior do parênquima foliar, se alimentam dos tecidos e destroem parcialmente ou totalmente a folha, provocando seu secamento. Em determinados casos, quando o ataque é muito intenso, podem prejudicar o desenvolvimento da cultura.

BIOECOLOGIA:

Os insetos adultos são pequenas moscas que medem aproximadamente 2 mm de comprimento e têm coloração escura, quase preta.

As fêmeas inserem os ovos no interior do tecido das folhas. Após três dias surgem as larvas, que podem atingir 1 a 2 mm de comprimento. As larvas têm coloração branca a marrom e vivem no parênquima foliar, abrindo galerias. Podem empupar no interior das minas ou na superfície da folha, mas geralmente empupam no solo.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Recomenda-se a pulverização com inseticidas piretróides ou a aplicação de inseticidas sistêmicos granulados específicos para a cultura.

Ø  DESCRIÇÃO: NEMATOIDE.

Meloidogyne incognita alimenta-se do sistema radicular, provocando a murcha da planta nos horários mais quentes do dia. Quando a infestação é alta, a planta apresenta sintomas de deficiência nutricional, redução do crescimento e clorose, afetando significativamente a produção e a qualidade dos frutos.

O nematóide está presente em todas as áreas onde se cultiva o tomate no Brasil, possuindo ampla gama de hospedeiras, como feijão, café, ervilha, soja, fumo, algodão e muitas plantas daninhas.

SINTOMAS / DANOS:

Ocorrendo infestação na fase de plântula, as mudas não resistem e morrem no próprio viveiro ou após o transplante.

RAÍZES:

No local onde o nematóide alimenta-se ocorre a formação de galhas ou tumores radiculares. Em plantas severamente infestadas, observa-se a formação de poucas raízes no sistema radicular, mas as que existem estão tomadas pelas galhas do nematóide. O sistema radicular torna-se ineficiente na absorção de água e nutrientes, afetando assim o crescimento das plantas.

FOLHAS:

Quando a infestação é severa, as folhas apresentam aspecto clorótico e murcham nos períodos mais quentes do dia.

BIOECOLOGIA:

Vários fatores interferem no ciclo de vida desses organismos, especialmente a temperatura do solo. O ciclo de vida do gênero Meloidogyne normalmente se completa em 28 dias, mas se prolonga quando a temperatura está muito inferior ou superior à ideal para o seu desenvolvimento.

Os excessos de umidade ou de secura reduzem a infestação, e a ocorrência de períodos chuvosos e temperaturas entre 20 °C a 30 °C favorecem a multiplicação dos nematóides. A disseminação dos nematóides do gênero Meloidogyne ocorre principalmente por enxurradas, água de irrigação, mudas e implementos agrícolas.

CONTROLE:

O controle do nematóide do gênero Meloidogyne é muito dispendioso, principalmente devido ao fato de que a erradicação é praticamente impossível. O sucesso do controle em áreas infestadas depende de um conjunto de medidas associadas, visando principalmente reduzir o nível populacional e impedir a sua multiplicação.

PRÁTICAS CULTURAIS:

Recomenda-se a utilização de mudas sadias e a limpeza das ferramentas e máquinas agrícolas antes de executar trabalhos nas áreas ainda não infestadas. Nos locais contaminados pode-se adotar medidas como aração profunda ou gradagem freqüente nos períodos quentes e não chuvosos. Utilizar adubação verde, rotação com plantas que inibam a reprodução e retirar as plantas daninhas hospedeiras dos nematóides.


Ø  DESCRIÇÃO: PULGÃO.


SINONÍMIAS: Siphonophora solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum solanifolii (Ashmead, 1881); Macrosiphum gei (Kock, 1857)

Ordem/Subordem: Hemiptera/Homoptera. Família: Aphididae.

O maior prejuízo causado pelos pulgões é a transmissão de viroses, pois as viroses são limitantes para a produção da cultura. Esta espécie ocorre em plantas de alface, batata, berinjela, fumo, pimentão e tomate.

DANOS:

Além dos danos causados pela sucção direta da seiva, comprometendo assim o desenvolvimento da planta, estes insetos também causam problemas principalmente devido à transmissão de viroses, tais como o mosaico e o vírus do enrolamento das folhas.

BIOECOLOGIA:

A forma alada dessa espécie diferencia-se da forma áptera pelo seu tamanho, sendo que essa última é maior. O comprimento pode variar de 3 a 4 mm. A coloração geralmente é verde, com cabeça e tórax amarelados, que anteriormente possuíam coloração escura.

CONTROLE:

CONTROLE QUÍMICO:

Realizar pulverizações com inseticidas fosforados sistêmicos.


Ø  DESCRIÇÃO:TRAÇA.

SINONÍMIA: Scrobipalpuloides absoluta (Meyrick, 1917)

Ordem: Lepidoptera. Família: Gelechiidae.

É uma espécie de grande ocorrência em solanáceas, principalmente em tomateiro. As outras solanáceas em que a praga tem importância econômica são berinjela, batata e pimentão. 
 
Sintomas:

As larvas inicialmente atacam as folhas, ramos, gemas e ponteiros, abrindo galerias, posteriormente atingem os frutos, causando sérios prejuízos à produção da cultura. 
 
Bioecologia:

O inseto adulto é um lepidóptero de coloração cinzenta. A
fêmea pode ovipositar em média 100 ovos, de cor branca e agrupados nas folhas e ramos. As lagartas possuem coloração pardacenta e cabeça marrom-clara, empupam nos restos dos vegetais, protegidas por um casulo de seda. As pupas são de coloração marrom, das quais surgirá o adulto. O ciclo biológico da praga dura em média 30 dias. 
 
Controle:

CONTROLE BIOLÓGICO:

A utilização de Trichogramma e Bacillus thuringiensis tem apresentado bons resultados.

CONTROLE QUÍMICO:

Fazer uso de inseticidas específicos, conforme recomendação do fabricante. 

Ø  DESCRIÇÃO: TRIPES

Ordem: Thysanoptera. Família: Thripidae.

Este tripes causa danos de importância econômica em várias culturas: abobrinha, algodão, amendoim, batata, berinjela, cebola, fumo, jiló, melancia, melão, pepino, pimenta, pimentão, soja, tomate e uva.

É um inseto que pode provocar sérios problemas na cultura do tomate, pois transmite o vírus do "vira-cabeça", que, dependendo da proporção de incidência, pode acabar com uma área de plantio.

DANOS:

Tanto a fase jovem quanto a fase adulta do tripes atacam as folhas, alimentando-se da seiva das plantas, provocando o dobramento dos bordos para cima e a descoloração esbranquiçada. Quando o ataque ocorre nas inflorescências, a descoloração é avermelhada e pode resultar em esterilidade das espiguetas.

O desenvolvimento da população da praga evolui conforme o crescimento das plantas, atingindo seu pico no florescimento. Os maiores danos são provocados pela transmissão do vírus vira-cabeça, que os tripes liberam ao sugarem a seiva da planta.

Os sintomas na planta doente são facilmente identificáveis: folhas bronzeadas, caule com faixas escuras, frutos com manchas amareladas e curvamento dos ponteiros das plantas, sendo que esse último é a razão do nome da doença.

BIOECOLOGIA: São insetos pequenos, que medem aproximadamente 3,0 mm de comprimento, corpo alongado e asas franjadas. Escondem-se dentro das flores e embaixo das folhas e brotos.

Possuem aparelho bucal raspador-sugador. As fêmeas põem de 20-100 ovos nas folhas. A fase adulta tem coloração marrom-escura, e a fase jovem é amarelada.

CONTROLE:

CONTROLE PREVENTIVO:

Plantar na época de menor incidência da praga. Instalar o viveiro longe de áreas de culturas que possam ser atacadas pelo tripes. Manter o viveiro limpo, bem como a área de transplante. Arrancar e queimar as plantas com sintomas da doença.

CONTROLE QUÍMICO:

Recomenda-se a pulverização com inseticidas fosforados.

Tratar as sementes com inseticidas específicos e, após o transplantio, aplicar o mesmo inseticida em quantidades adequadas na cova.



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